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Esse blog é destinado a promover o debate de temas culturais e sociais, além de divulgar as ações realizadas por jovens moradores da comunidade São Remo, no bairro do Butantã (SP).

terça-feira, fevereiro 16, 2010


Carta A Mãe África
Gog

É preciso ter pés firmes no chão
Sentir as forças vindas dos céus, da missão...
Dos seios da mãe África e do coração
É hora de escrever entre a razão e a emoção
Mãe! Aqui crescemos sub-nutridos de amor
A distância de ti, o doloroso chicote do feitor...
Nos tornou! Algo nunca imaginavel, imprevisível
E isso nos trouxe um desconforto horrível
As trancas, as correntes, a prisão do corpo outrora...
Evoluiram para a prisão da mente agora
Ser preto é moda, concorda? Mas só no visual
Continua caso raro ascensão social
Tudo igual, só que de maneira diferente
A trapaça mudou de cara, segue impunemente
As senzalas são as anti-salas das delegacias
Corredores lotados por seus filhos e filhas...
Hum! Verdadeiras ilhas, grandes naufrágios
A falsa abolição fez vários estragos
Fez acreditarem em racismo ao contrário
Num cenário de estações rumo ao calvário
Heróis brancos, destruidores de quilombos
Usurpadores de sonhos, seguem reinando...
Mesmo separado de ti pelo Atlântico
Minha trilha são seis românticos cantos
Mãe! Me imagino arrancado dos seus braços
Que não me viu nascer, nem meus primeiros passos
O esboço! É o que tenho na mente do teu rosto
Por aqui de ti falam muito pouco
E penso... Qual foi o erro cometido?
Por que fizeram com agente isso?
O plano fica claro... É o nosso sumisso
O que querem os partidários, os visionários disso
Eis a qüestão...
A maioria da população tem guetofobia
Anormalia sem vacinação.
E o pior, a triste constatação:
Muitos irmãos, patrocinam o vilão...
De várias formas, oportunistas, sem perceber
Pelo alimento, fome, sede de poder
E o que menos querem ser e parecer...
Alguém que lembre, no visual você.

( Refrão 2x ) (Colagem: A Carne - Elza Soares)
A carne mais barata do mercado é a negra,
A carne mais marcada pelo Estado é a negra
A carne mais barata do mercado é a negra,
A carne mais marcada pelo Estado é a negra

Os tiros ouvidos aqui vêm de todos os lados
Mas não se pode seguir aqui agachado
É por instinto que levanto o sangue Panto-Nagô...
E em meio ao bombardeio
Reconheço quem sou, e vou...
Mesmo ferido, ao fronte, ao combate
E em meio a fumaça, sigo sem nenhum disfarce
Pois minha face delata ao mundo o que quero:
Voltar para casa, viver meus dias sem terno
Eterno! É o tempo atual, na moral
No mural vedem uma democracia racial
E os pretos, os negros, afro-descendentes...
Passaram a ser obedientes, afro-convenientes.
Nos jornais, entrevistas nas revistas
Alguns de nós, quando expõem seus pontos de vista
Tentam ser pacíficos, cordiais, amorosos
E eu penso como os dias tem sido dolorosos
E rancorosos, maldosos muitos são,
Quando falamos numa miníma reparação:
-Ações afirmativas, inclusão, cotas?!
-O opressor ameaça recalçar as botas..
Nos mergulharam numa grande confusão
Racismo não existe e sim uma social exclusão
Mas sei fazer bem a diferenciação
Sofro pela cor, o patrão e o padrão
E a miscigenação, tema polémico no gueto
Relação do branco, do índio com preto
Fator que atrasou ainda mais a auto-estima:
-Tem cabelo liso, mas olha o nariz da menina
O espelho na favela após a novela é o divã
Onde o parceiro sonha em ser galã
Onde a garota viaja...
Quer ser atriz em vez de meretriz
Onde a lágrima corre como num chafariz
Quem diz! Que este povo foi um dia unido
E que um plano o trouxe para um lugar desconhecido
Hoje amado (Ah! muito amado..), são mais de quinhentos anos
Criamos nossos laços, reescrevemos sonhos
Mãe! Sou fruto do seu sangue, das suas entranhas
O sistema me marcou, mas não me arrebanha
O predador errou quando pensou que o amor estanca
Amo e sou amado no exílio por uma mãe branca

( Refrão 2x )
A carne mais barata do mercado é a negra,
A carne mais marcada pelo Estado é a negra
A carne mais barata do mercado é a negra,
A carne mais marcada pelo Estado é a negra

domingo, fevereiro 14, 2010


SÓ MAIS UM MALUCO (MV BILL)

DIRETO DO HOSPÍCIO QUE CHAMAM DE FAVELA
SOU MAIS UM MALUCO QUE NÃO ACREDITA EM NOVELA
SE A VIDA É BELA, NA TELA TUDO BEM
QUEM É LOUCO COMO EU VESTE A CAMISA DE FORÇA TAMBÉM
MINHA LOUCURA É SIMPLES DE SER COMPREENDIDA
ME TRANSFORMARAM EM CANIBAL PRETO SUICIDA
INCONFORMADO MENSAGEIRO DA VERDADE
PELO POVO AGONIZANDO AS MARGENS DA SOCIEDADE
QUE MASSACRA DESTRÓI HUMILHA
TRANSFORMA SEU FILHO EM LADRÃO E PROSTITUI SUA FILHA
TE ESCRAVIZA TE HUMILHA TE MATA
ENQUANTO O VERDADEIRO LADRÃO USA TERNO E GRAVATA
NÃO MANUSEIA FUZIL NEM ESCOPETA
MATA MILHÕES DE BRASILEIROS SÓ COM UMA CANETA
FICA IMPUNE, NÃO VAI PRESO
ELE NÃO É POBRE (NÃO) NÃO É PRETO
SE FOR CONDENADO FICA EM CELA SEPARADA
COM TELEVISÃO FRIGOBAR E ÁGUA GELADA
CRIMINOSO COM NÍVEL SUPERIOR
FINANCIA A GUERRA O ÓDIO O RANCOR
A BURGUESIA FAZ QUESTÃO DE NÃO ENTENDER
DISCA 1-9-0 E MANDA OS HOME ME PRENDER
O SOCIÓLOGO ME OUVE E FICA PUTO
DIZ QUE ESSE BAGULHO DE RAP É COISA DE MALUCO
ANALFABETO IGNORANTE SEM CULTURA
DIZ QUE QUEM É SÁBIO COM FAVELADO NUNCA SE MISTURA
QUEM DIRIA, QUE SABEDORIA
ESTUDOU EM OUTRO PAÍS AGORA TEM PAVOR DA MAIORIA
MV BILL UM MALUCO CHAPA QUENTE
QUE NÃO ACEITA AS COVARDIAS ASSIM TÃO FACILMENTE
EU TO LIGADO QUE A ELITE ME ODEIA
ME CHAMA DE BANDIDO E DIZ QUE MULHER PRETA E FEIA
EU NA CADEIA SENTIRIAM ATÉ PENA
MENOS UM PROBLEMA E ME VISTA FORA DE CENA
O PESADELO QUE A ELITE NÃO QUER TER
BATER DE FRENTE COM ALGUÉM DA CDD

TREMA NA BASE QUANDO VÊ O BILL
CHAMA A POLÍCIA QUANDO VÊ O BILL
AQUELE PRETO COM O CORPO TATUADO
DENUNCIANDO A POBREZA E A MISÉRIA DO BRASIL

TEM MUITA COISA NA TV QUE EU NÃO CURTO
SOU UM MALUCO, SÓ MAIS UM MALUCO
NA HORA DE FALAR EU NUNCA FICO MUDO,SOU UM MAIS MALUCO, SOU MAIS UM MALUCO
MANDA OS HOME ME PRENDER ME DEIXA PUTO
SOU MAIS UM MALUCO, SOU MAIS UM MALUCO
EU NASCI ASSIM POR ISSO EU NUNCA MUDO
SOU MAIS UM MALUCO, SOU MAIS UM MALUCO

A MADAME SE ASSUSTOU A FAVELA ME DEU DEZ
QUANDO EU ENTREI SEM CAMISA DE PISTOLA NO FREEJAZ
PRA QUEM DUVIDA AINDA TEM MUITO MAIS
EU FAÇO APOLOGIA NÃO DO CRIME E SIM DA PAZ
MAS, ROUPA BRANCA SEM PENSAR NA MAIORIA
PEDIR PAZ SEM JUSTIÇA É UTOPIA
A GUERRA ME PARECE INEVITÁVEL
PRA QUEM VIVE NA POSIÇÃO DESFAVORÁVEL
SUFOCADA AMUTUADA AQUI NO MORRO
SE A POPULAÇÃO SE REVOLTAR NÃO GRITE POR SOCORRO
É O ARMAMENTO O POVO QUE VAI SE FORMAR
VEJA SEU DESCASO E ARROGÂNCIA NO QUE VAI PARAR
PODE ESNOBAR, QUEM VIVE DE BAIXA RENDA
QUANDO O SANGUE BATER NA SUA PORTA ESPERO QUE VOCÊ ENTENDA
E DESCUBRA QUE SE PRETO E POBRE É FODA
SOCIEDADE HIPÓCRITA, SÓ LEMBRE DE SER BRASILEIRO NA COPA
FORA DA MODA EM CIMA DO TOQUE AFRICANO
DESOBEDIENTE TROCA O PENTE ENQUANTO EU VOU FALANDO
MILITANDO, DECLAMANDO, RIMANDO, VERSANDO
BRIGANDO, GRITANDO, MORRENDO E AO MESMO TEMPO MATANDO
MEU PAÍS, CADÊ SUA RAIZ?
AQUI O POVO QUE NÃO LUTA É CHAMADO DE FELIZ
E SEGUE A RISCA OS PADRÕES DA BURGUESIA
A MESMA QUE ASSIMILA A DANÇA COM PORNOGRAFIA
INFLUÊNCIA MINHA SOBRINHA E SUA TIA
NA FRENTE DO ESPELHO IMITANDO A COREOGRAFIA
INCENTIVANDO A BRUTAL PEDOFILIA
EU CREIO EM DEUS PAI TODO PODEROSO O ÚNICO QUE ME GUIA
SE FOR PRA SER FELIZ ASSIM
SEREI MALUCO ATÉ O FIM
E SE UMA GUERRA AMANHÃ ESTOURAR
SEI QUAL LADO EU VOU ESTAR
É MUITO CONFUSO É MUITO SINISTRO
QUEM CAUSA A MISÉRIA QUE JURA TER AMOR A CRISTO
E COM SEU AR SUPERIOR NÃO TEM RESPEITO PELO GAY
PELO IDOSO PELO POBRE E PELO PRETO

TREMA NA BASE QUANDO VÊ O BILL
CHAMA A POLÍCIA QUANDO VÊ O BILL
AQUELE PRETO COM O CORPO TATUADO
DENUNCIANDO A POBREZA E A MISÉRIA DO BRASIL

TEM MUITA COISA NA TV QUE EU NÃO CURTO
SOU MAIS UM MALUCO, SOU MAIS UM MALUCO
NA HORA DE FALAR EU NUNCA FICO MUDO
SOU MAIS UM MALUCO, SOU MAIS UM MALUCO
E COM VIDINHA DE ARTISTA EU NÃO ME ILUDO, SOU MAIS UM MALUCO,SOU MAIS UM MALUCO

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

ICMS é o que mais pesa para os contribuintes



Pesado e quase invisível, Assim é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), tributo que mais pesa no bolso dos contribuintes brasileiros. Hoje, de cada R$ 100,00 pagos em tributos no País. R$ 20,00 referem-se ao imposto cobrado pêlos Estados.

Segundo estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), a arrecadação per capita (receita total dividida pelos habitantes) do tributo estadual alcançou R$ 232,51 no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 216,70 no mesmo período de 2006.

Por ser o mais pesado no bolso dos contribuintes, o ICMS é o tributo que mais consome dias de trabalho. Entre janeiro e março deste ano, foram necessários 7,03 dias de trabalho somente para pagá-lo. Isso representa 19,53% dos 36 dias gastos no trimestre somente para satisfazer a voracidade dos fiscos federal, estaduais e municipais.

Segundo o advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, o imposto estadual pesa muito no bolso dos contribuintes porque o sistema tributário brasileiro pune a produção de bens e serviços e os salários em demasia. "De cada R$ 100,00 que os governos arrecadam no País, R$ 76,00 vêm de tributos sobre a produção e os salários."

Vista pela ótica do cidadão, que é quem paga, a divisão tributária é a seguinte: 55% da carga recai sobre o consumo, 37,5% sobre a renda e 7,5% sobre o patrimônio. "Nosso sistema tributário é injusto porque concentra a arrecadação sobre bens e salários. Essa concentração tributa mais o consumo e muito pouco o património."

Em outros países, a divisão da arrecadação é mais equilibrada, recaindo metade sobre o consumo e os salários e metade sobre o património, o comércio exterior e outras rendas. Pela ótica do contribuinte norte-americano, a carga é de 30% sobre o consumo e de 70% sobre o património e a renda (os 70% estão divididos em 25 pontos e 45 pontos, respectivamente). Na Europa, é de 35% sobre o consumo, 50% sobre a renda e 15% sobre o patrimônio.

"Essa divisão (nos EUA e na Europa) é melhor distribuída, porque a taxação sobre o patrimônio e a renda é progressiva. No Brasil, há regressividade pela tributação maior sobre o consumo e a renda. Quem ganha menos paga mais, pois as alíquotas são iguais para todos. Os pobres são mais punidos no Brasil, uma vez que consomem toda a renda, enquanto os ricos poupam uma parte dela."

No Brasil, segundo Amaral, a classe média é responsável por 60% de toda a arrecadação do IR sobre a pessoa física; a classe baixa paga 15% e a classe alta contribui com apenas 25%.

Acima de R$ 900 bilhões. Apesar de o governo apregoar que a carga tributária como porcentagem do PIB iria diminuir, isso não vem ocorrendo. A cada trimestre os contribuintes brasileiros entregam uma parte maior de seus ganhos para os três níveis de governo. Pelas contas do IBPT, nos últimos 12 meses terminados em março (abril de 2006 a março passado) a arrecadação atingiu R$ 844,75 bilhões, ou 35,5% do PIB.

Até o final do ano, a receita deverá superar R$ 900 bilhões, prevê Amaral. No início do ano ele previa entre R$ 870 bilhões e R$ 880 bilhões. Se esse número se confirmar, a carga fiscal de 2007 será de 36,2% do PIB (mais um ponto percentual sobre 2006) e a arrecadação per capita chegará a R$ 4.780,00.

Imposto nem sempre aparece na nota da compra

Cobrado de forma indireta, ou seja, embutido nos preços de produtos e serviços, a exemplo do TPI, PIS, Cofins, ISS e outros, o ICMS nem sempre aparece na nota de compra. Quem vai ao supermercado e gasta, por exemplo, R$ 200,00, não sabe quanto paga de ICMS - aliás, não sabe quanto paga também de outros tributos.

Em outras contas, como a de energia elétrica, o consumidor sabe quanto pagou de ICMS sobre o que consumiu. E aí vem outra surpresa. Como é cobrado por "dentro", a alíquota de 25% vira 33,33%. Milagre? Não, apenas uma filigrana jurídica. É que a lei que rege o tributo diz que o imposto integra sua própria base de cálculo. Dito dessa forma, em linguagem jurídica, fica difícil de entender. Tradução: o imposto é cobrado sobre ele mesmo.

Seria lógico supor que 25% sobre um produto que custa R$ 100,00 resultasse em R$ 25,00. Assim, ele custaria R$ 125,00 - esse seria o cálculo "por fora". No cálculo "por dentro", a conta é de dividir - não de multiplicar.

Assim, R$ 100,00 dividido por 0,75 (porque a alíquota é de 25%) resultam em R$ 133,33. Esse é o valor final do produto. Agora, calcule 25% de R$ 133,33. Dá R$ 33,33. Á seguir, calcule R$ 133,33 menos R$ 33,33. O resultado é R$ 100,00, que é o valor do produto sem ICMS.

Um produto com 18% de ICMS terá alíquota efetiva de 21,95% (R$ 100,00 dividido por 0,82). Se a alíquota for de 10%, o imposto final é de 11,11% (R$ 100,00 dividido por 0,90). Se for de 5%, o imposto final é de 5,26% (R$ 100,00 dividido por 0,95).

Fonte: Jornal do Comércio

02/07/2007

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Griot:
Lista dos alunos convocados para a matricula no Coletivo Griot / turma de 2010.

Dias 05/02 das 19:00 as 21:00.

06/02 das 10:00 as 12:00.

Taxa de matricula R$ 7.00 (sete reais)



A matricula é a garantia da vaga.



1. Gabrille de Almeida Campos

2. Mariana da Silva Oliveira

3. Hélio de Souza

4. Maria Lúcia Cavalcante Silva

5. Esdras Felipe Silva dos Santos

6. Danielle da Conceição

7. Marizete Silva Santana

8. Maílson da Silva Alves

9. Natali Cristine Silva Oliveira

10. Tiago Gomes de Almeida

11. Abigail Jhudit Sillerico Daga

12. Resilda do Nascimento Mendes

13. Joel Souza Meira

14. Lilia Silva Oliveira

15. Edileide S. Marques

16. Julia Conceição dos Santos